terça-feira, 19 de abril de 2011

J. W.

É fácil dizer, é fácil pensar, é fácil querer. Até mesmo fazer é fácil. O difícil é decidir. O difícil é antever, prevenir e imaginar.
Do que eu falo? De tudo, de nada, de muito, pouco e o caralho a quatro. Falo de mudanças. Falo de caráter. Falo de oportunidades. Perdidas ou vividas. Falo da lógica do absurdo, falo da neutralidade do cotidiano, falo do pesadelo vivido, do sonho desperdiçado, da vida mal vivida, da morte invocada. Falo de mim, mas posso falar de ti. Falo do meu arrependimento, mas pode ser da tua vitória, falo do meu desapego, da desesperança, do cansaço, da tristeza, do banzo, da melancolia, da senzala, do no-tomorrow, falo sobre o do-it-yourself, spotless-mind, whatever.
O que mata é a rotina. Não é a tristeza que derruba, é a falta de alegria, não é a morte que afasta, a vida que é mal vivida. A febre é um aviso apenas, uma constatação, um sinal de luta. Assim como a esperança, pode ser derrotada pela força. Pode sucumbir frente ao cansaço, pode se exaurir frente à escuridão.


Com sinceridade: cansei. O cansaço me abate. Não é o cansaço físico, é o cansaço ideológico. Esse não tem descanso que cure.

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